“Capitã Marvel” assume o controle do Marvel Studios com carisma e firmeza

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Depois de 11 anos, e 20 filmes compondo uma única franquia, o primeiro longa protagonizado por uma mulher do Marvel Studios chega aos cinemas. “Capitã Marvel” pousa no universo cinematográfico da Marvel para contar uma história de uma heroína que promete grande relevância para a franquia, e que “fala” de “representatividade” e “emponderamento” feminino sem precisar fazer absolutamente nada, deixando a trama natural e com um tom leve, sem levantar bandeiras na hora errada.

Com este longa, o estúdio tinha muitos desafios na mão e conseguiu surpreender em quase todos eles, falhando apenas no inesperado. De forma geral, o filme consegue deixar um sentimento de satisfação e empolgação no telespectador que poucos filmes conseguem, e ao final entrega uma trama coerente para o universo cinematográfico, mesmo inserindo uma personagem completamente inédita no meio da linha do tempo da franquia. A única decepção talvez sejam alguns efeitos visuais, sejam práticos ou digitais, que acabam decepcionando ainda mais quando lembramos da maestria da mesma equipe que levou Thanos para o cinema.

A satisfação, porém, não vem de imediato, pois o filme começa tão confuso quanto seus trailers e material promocional, deixando o espectador perdido por todo um primeiro ato no espaço, fazendo a história realmente engatar quando a personagem título cai na Terra. Os trailers e materiais promocionais não foram pouco reveladores somente quanto a trama, mas também pouco reveladores do carisma de Brie Larson, que entrega uma atuação firme e encantadora para a personagem, fazendo com que o público se identifique com a Capitã Marvel da mesma forma que se identificou onze anos atrás com o Homem de Ferro do Robert Downey Jr..

O outro protagonista, Nick Fury, papel reprisado por Samuel L. Jackson, por outro lado, é ofuscado pela atuação do vilão alienígena skrull Talos, que é interpretato brilhantemente por Ben Mendelsohn, com momentos que consegue roubar completamente a cena com seu sinismo e ironia, prejudicado um pouco pela máscara com pouca expressão (faltou um trabalho legal com captura de movimento aqui).

Depois de fisgar completamente o público com a maior exploração do vilão, o filme decola de uma vez com um plot-twist empolgante, que há muito não era visto nos filmes do Marvel Studios. O maior acerto do longa é que toda a equipe envolvida na produção optou por apostar na história, e na relevância da personagem para a ficção, deixando completamente natural a importância e representatividade da personagem em nosso mundo. Ao contrário de “Pantera Negra”, ou mesmo “Han Solo”, “Capitã Marvel” tem algo a dizer sem empurrar nada pela goela de ninguém, sem ridicularizar ou ofender uma suposta “maioria”, sem promover guerra de classes, raças ou sexo. A preocupação aqui é a ficção e o entretenimento, o óbvio para Anna Boden e Ryan Fleck, co-roteiristas e co-diretores, que parece não ser tão óbvio para outros cineastas.

“Capitã Marvel” certamente chegou para assumir o controle do estúdio, e será peça fundamental nos desdobramentos do próximo filme “Vingadores: Ultimato”, o qual tem uma cena relativamente longa revelada após os créditos. Esperamos que este carisma e tom se mantenham nos próximos filmes do estúdio.

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