De forma pura, “Maré Nostrum” é bastante expressivo e ao mesmo tempo profundo

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Depois de 12 anos após Os 12 Trabalhos – seu segundo longa – o diretor Ricardo Elias volta às telas com um excelente enredo e suaves diálogos. Maré Nostrum, que estreia nesta quinta (04), é bastante expressivo e ao mesmo tempo profundo, isso graças ao elenco que da vida aos personagens com uma gostosa naturalidade.

A sensível história do escritor Roberto e do empreendedor Mitsuo – que acabaram de chegar ao Brasil – é recheada de surpresas. Entre eles não há apenas a coincidência de regresso ao seu país de origem. Os dois estão com dificuldade financeira e com esperança de se reerguer, pois Roberto está desempregado e Mitsuo perdeu tudo o que tinha no Japão.

Agora, terão que se confrontar numa batalha da posse de um terreno que fora comerciado pelos pais de ambos por quase trinta anos.

No início, Ricardo Elias nos apresenta uma negociação em meio a uma chuva, no ano de 1982. Nos carros dos negociantes, há dois garotos, um em cada carro. Enquanto crianças, não faziam ideia de aquele terreno iria mudar suas futuras situações degradantes.

Os caminhos de Roberto e Mitsuo se encontram quando adultos. A trama vai se desenvolvendo e o espectador vai conhecendo melhor os personagens e o falecido pai de um deles. Enquanto o outro está praticamente inválido.

Cada um com o seu drama: Roberto, um pai ausente e com dívidas pendentes a pagar, aos poucos vai se aproximando da filha. Não por insistência e sim por consequências. Sua ex-mulher é independente e se mostra ausente de sua única filha. Mitsuo, não foi presente com seu pai e nem com a peixaria de sua família.

Maré Nostrum mantém até o fim uma vasta integridade e uma pureza que intercala entre o elenco e o roteiro.

A transposição de tempo facilita a compreender que, mesmo sem conhecer, os protagonistas têm muito mais incomum na vida adulta que na infância. Seus mundos estão em decadência e suas necessidades levam ao cruzamento de seus destinos, em um bonito filme que não foge a regra.

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