8,7/10

Demon Slayer: Kimetsu no Yaiba – Castelo Infinito

Diretor

Haruo Sotozaki, Hikaru Kondô

Gênero

Animação

Elenco

Zach Aguilar, Johnny Yong Bosch, Griffin Burns

Roteirista

Koyoharu Gotouge, Hikaru Kondô

Estúdio

Crunchyroll

Duração

155 minutos

Data de lançamento

11 de setembro de 2025

O Corpo de Caçadores de Demônios mergulha no Castelo do Infinito para derrotar Muzan.

Demon Slayer: Kimetsu no Yaiba – Castelo Infinito marca o início de uma trilogia que busca encerrar o arco final da série de sucesso. Ao invés de continuar com temporadas convencionais, a produção escolheu finalizar a história com filmes.

A narrativa retoma exatamente onde a quarta temporada terminou: Tanjiro e seus companheiros são sugados para o Castelo Infinito, território distorcido e ameaçador de Muzan Kibutsuji. Desde os primeiros minutos, o filme estabelece seu tom sombrio, apoiado por uma direção de Haruo Sotozaki que não apenas adapta o mangá, mas o potencializa com cores mais densas, cenários detalhados e batalhas que parecem saltar da tela.

Um dos pontos altos do longa é a evolução de Zenitsu Agatsuma. Sua transformação em combate é emocionante e representa um marco significativo na trajetória do personagem, oferecendo uma das cenas mais impactantes de toda a franquia. Além disso, os flashbacks dos Onnis aprofundam a complexidade dos antagonistas, mostrando que suas escolhas violentas muitas vezes nasceram de vidas dolorosas e traumas irreparáveis.

Porém, nem tudo funciona com a mesma força. O ritmo do filme é arrastado, recheado de reflexões e pensamentos expositivos que se estendem além do necessário. A decisão de transformar o arco final em uma trilogia deixa claro o esforço em prolongar a história, tornando a resolução quase inexistente em suas mais de duas horas e meia. A sensação de “enrolação” é perceptível, especialmente quando comparado à fluidez narrativa do filme anterior da franquia.

Ainda assim, a qualidade visual compensa muitas falhas narrativas. A animação é detalhada, complexa e impressionante, principalmente nas cenas de batalha, que justificam a experiência em uma tela grande de cinema.

No fim, o filme cumpre seu papel ao empolgar os fãs de Demon Slayer, oferecendo ação e visuais de tirar o fôlego. Mas, como estreia de uma trilogia, seu roteiro sofre para fazer uma narrativa cinematográfica.

6

Em órbita

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