3,3/10

Minha Irmã e Eu

Diretor

Susana Garcia

Gênero

Comédia

Elenco

Ingrid Guimarães, Tatá Werneck, Leandro Lima,

Roteirista

Fil Braz, Verônica Debom, Susana Garcia

Estúdio

Paris Filmes

Duração

115 minutos

Data de lançamento

28 de dezembro de 2023

As irmãs Mirian (Ingrid) e Mirelly (Tatá Werneck) nasceram em Rio Verde, no interior de Goiás. Elas não realizaram o sonho da mãe, Dona Márcia (Arlete Salles), de se tornarem uma dupla sertaneja e, além de terem seguido caminhos opostos, vivem em pé de guerra. Mirian se casou e nunca saiu de sua cidade, acostumada à rotina do interior. Já Mirelly partiu para o Rio de Janeiro e sem demonstrar pra família, passa todo o tipo de perrengue. Mas quando Dona Márcia desaparece, elas têm que deixar de lado as diferenças e se unir para procurá-la, numa viagem que pode mudar suas vidas.

O novo filme nacional, “Minha Irmã e Eu”, reúne Ingrid Guimarães e Tata Werneck, dois grandes nomes da comédia brasileira. Com direção e roteiro de Susana Garcia (Minha Vida em Marte), o longa tem estreia marcada para quinta-feira, dia 28 de dezembro, mas já conta com sessões antecipadas que começaram no natal.

O filme conta a história das irmãs Mirian (Ingrid) e Mirelly (Tatá Werneck) que nasceram em Rio Verde, no interior de Goiás. Além de terem seguido caminhos opostos, vivem em pé de guerra. Mirian se casou e nunca saiu de sua cidade, acostumada à rotina do interior. Já Mirelly partiu para o Rio de Janeiro para viver uma vida de luxo trabalhando para famosos, mas sem demonstrar pra família, passa todo o tipo de perrengue. Quando a mãe delas, a Dona Márcia desaparece, elas têm que deixar de lado as diferenças e se unir para procurá-la, numa viagem que pode mudar suas vidas.

O longa tem sacadas e provocações interessantes sobre assuntos atuais, como p feminismo, os cancelamentos nas redes sociais e a procura por status. A pauta do feminismo, por exemplo, é abordado a necessidade das mulheres não serem submissas ao marido e ter seus direitos respeitados, mas ao mesmo tempo, critica o discurso raso muito visto nas redes sociais sobre o assunto e até mesmo como o próprio movimento exclui mulheres que escolheram ser donas de casa.

É um road movie (ou filme de estrada), onde elas passam por vários lugares e novas experiências. A construção narrativa segue a ideia de que a viagem transforma a vida e o relacionamento das personagens. Filmes de estrada com o gênero de comédia são bem comuns, principalmente no cinema americano, como “Família do Bagulho” e “Férias no Trailer”, todos tem uma estrutura parecida de humor, como intrigas entre os membros familiares e as lições de vida. Mas no caso de “Minha Irmã e Eu”, esses temas não são apresentados tão bem e nem carregam um ritmo que sustenta acontecimentos que ocorrem durante a jornada delas.

Apesar da química entre as protagonistas, que são amigas fora das telas, o roteiro e a direção não constroem uma boa trama para o filme. As piadas são forçadas e as situações parecem fora de contexto. Existem subtramas que não agregam em nada, tornando a narrativa até constrangedora em certos momentos, como é o caso de todas as cenas envolvendo o caso com o Cowboy, interpretado por Leandro Lima.

Ingrid Guimarães se destaca ao interpretar um papel mais tradicional, diferente de suas habituais personagens que são mulheres mais seguras de si, como no longa “De Pernas pro Ar”. No entanto, mesmo com suas mudanças e desafios, o filme oferece uma abordagem superficial, com uma mensagem sobre a importância da família e da figura materna mergulhada no clichê, e com a sensação de falta de profundidade.

Embora possa ser considerado um filme para assistir em família, não consegue entregar o nível de diversão esperado, falhando em equilibrar a camada dramática e o entretenimento necessário para uma comédia. Em resumo, “Minha Irmã e Eu” não atinge o potencial de entretenimento que se esperaria de uma produção do gênero.

3

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