6.0/10

Missão de Sobrevivência

Diretor

Ric Roman Waugh

Gênero

Ação

Elenco

Gerard Butler, Navid Negahban, Travis Fimmel

Roteirista

Mitchell LaFortune

Estúdio

Diamond Filmes

Duração

120 minutos

Data de lançamento

27 de julho de 2023

Um agente secreto da CIA e seu tradutor fogem das forças especiais no Afeganistão após um vazamento expor perigosamente sua missão secreta e revelar sua identidade.

O filme “Missão de Sobrevivência” (Kandahar, título original), marca a terceira parceria entre o diretor Ric Roman Waugh com o ator Gerard Butler, que já trabalharam juntos em “Invasão ao Serviço Secreto” (2019) e “Destruição Final: O Último Refúgio” (2020), ambos com a temática de ação, que aparentemente é a escolha favorita da dupla.

Neste novo longa, Gerard Butler interpreta um agente secreto da CIA chamado Tom Harris, que está em um missão no Afeganistão. Após um vazamento expor perigosamente sua missão secreta e revelar sua identidade, ele e seu tradutor, Mohammad ‘Mo’ Doud (Navid Negahban) são perseguidos pelas forças especiais afegãs. Preso no coração de um território hostil, os dois lutam para sair do deserto e chegar a um ponto de extração em Kandahar, no Afeganistão.

O roteiro do estreante Mitchell Lafortune é uma adaptação de suas próprias experiências como oficial de Inteligência de Defesa durante missões no Afeganistão, que abraça uma narrativa mais contemplativa e com menos cenas de ação, abordando debates sociais como a situação das mulheres afegãs, que perderam sua liberdade e direitos civis.

Mas o pouco aprofundamento dos personagens é o grande problema do filme, pois criam situações esquecíveis e inacabadas, como por exemplo: a jornalista Luna (Nina Toussaint-White), que é sequestrada pelo Talibã e some pelo resto do longa, e quando ninguém mais lembrava dela, reaparece nos minutos finais do filme para sabermos o seu destino; outro exemplo é o antagonista Kahil Nasir, que aparentemente é um agente duplo, que tem motivações confusas e passa metade do longa pilotando uma moto atrás de Tom; e por último, a tradutor Mo que procura por sua cunhada desaparecida, mas que ao decorrer do filme simplesmente perde-se a importância desse fato.

É necessário falar sobre os problemas no Afeganistão que vivem um conflito político e social. E levantar essa pauta tão atual é importante, pois é um regime extremista que está afetando a vida de milhares de pessoas que precisam fugir de sua terra para sobreviver, e neste ponto o filme acerta no seu discurso sério e consciente ao abordar histórias sobre perdas e solidão.

Concluindo, mesmo com um grande potencial e diálogos interessantes, o diretor peca a não conseguir atingir o vínculo dos personagens com o público, tornando tudo na história esquecível. E como um filme de ação, faltou dinamismo e mais cenas que se encaixem na temática proposta. No fim, tudo fica pela metade, mesmo tendo uma duração de duas horas, nada é realmente resolvido, deixando mais pontas soltas do que resoluções importantes para a narrativa.

 

4.5

Houston, temos um problema

pt_BR