5,0/10

O Tarô da Morte

Diretor

Spenser Cohen, Anna Halberg

Gênero

Terror

Elenco

Avantika, Adain Bradley, Harriet Slater, Jacob Batalon

Roteirista

Spenser Cohen, Anna Halberg, Nicholas Adams

Estúdio

Sony Pictures

Duração

95 minutos

Data de lançamento

16 de maio de 2024

Um grupo de amigos de faculdade começa a morrer de maneiras relacionadas à sorte após a leitura de seus horóscopos.

O mais recente longa de terror da Sony Pictures, “O Tarô da Morte”, estreia nesta quinta-feira (16), exclusivamente nos cinemas. Dirigido por Anna Halberg (Os Mercenários 4) e Spenser Cohen (Moonfall), o longa tem como nome mais conhecido no elenco, o ator Jacob Batalon, conhecido por seu papel nos filmes do Homem-Aranha.

É visível como o longa resgata a narrativa de filmes de terror adolescentes do início dos anos 2000, como “Premonição” e “Pânico”. No entanto, ao invés de reinventar o gênero, o filme tropeça em clichês e falta de originalidade, resultando em uma experiência decepcionante até para um público menos rigoroso.

“O Tarô da Morte” conta a história de um grupo de jovens, que estão hospedados em um casarão para comemorar o aniversário da uma das amigas. E acabam achando um deque de carta de tarô antiga. De forma irresponsável, eles violam a regra sagrada da leitura de tarô, que é a de nunca usar o deque de outra pessoa, e acabam libertando um mal inominável que estava preso nas cartas. Um por um, eles encaram seu destino e acabam em uma corrida contra a morte para escapar do futuro previsto para eles nas cartas.

Uma das maiores falhas do filme está no elenco, a falta de química entre o grupo só amplifica os problemas de roteiro. Os atores parecem incapazes de se envolver totalmente com o conceito do tarô, resultando em interações superficiais e atuações medíocres. Até o ator Jacob Batalon, o rosto mais conhecido e que entrega uma atuação boa, se torna pesadamente cômico e irritante ao longo do filme.

O filme também sofre com problemas de narrativa e criatividade. A premissa básica é estabelecida desde o início, sem oferecer desafios ou reviravoltas significativas ao longo do caminho. O roteiro e direção de Anna Halberg e Spenser Cohen não se preocupam em criar uma ambientação ou aprofundamento na história de seus personagens. As tentativas de criar tensão e medo são prejudicadas pela previsibilidade das situações e o uso excessivo de efeitos sonoros e jump scares.

Além disso, o filme falha em desenvolver seus personagens, deixando o espectador sem qualquer tipo de conexão emocional. A atriz principal Harriet Slater, que interpreta Haley, não traz carisma ou força como protagonista, é visível como sua personagem carece de profundidade, sendo que sua história de vida é apenas citada superficialmente em flashbacks.

O longa também traz um humor com cenas que brincam com as decisões estúpidas ou com os conteúdos viciantes de true crime. O problema é que como se trata de um filme de terror, ele deveria ter como missão assustar mais o espectador do que fazê-lo rir. E no momento em que o público ri das cenas que eram para ser assustadoras, tem algo de errado com a produção.

Apesar de alguns pontos positivos, como a cinematografia e as transições bem elaboradas, “O Tarô da Morte” não consegue superar seus problemas narrativos. O ritmo inicial promissor logo dá lugar ao tédio, e o filme falha em manter o interesse do espectador até o final.

3

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