“Valerian e a Cidade dos Mil Planetas” é um espetáculo visual, mas apenas isso é o suficiente?

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“Eu já sinto a resistência vindo do público americano. Eu não sou cego”. “Oh, não é da Marvel”? “Ela nem é atriz de verdade”. “O que a Rihanna faz com esse francês esquisito”? Todas essas frases vieram do polêmico diretor Luc Besson sobre seu mais novo lançamento, o sci-fi “Valerian e a Cidade dos Mil Planetas”, que estreia por aqui esta semana nos cinemas.

Porém, essa “rixa” de Besson com o cinema americano não é de hoje. Apesar de ser considerado o mais “Hollywoodiano” dos diretores franceses, ele detesta qualquer tipo de comparação. Besson se considera um pintor que usa sua imaginação para fazer filmes. E não é para menos. Só em “Valerian”, ele criou 200 espécies diferentes de aliens e escreveu um livro de 600 páginas apenas descrevendo os detalhes de cada um.

 

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O filme é baseado em uma popular série de quadrinhos franceses que fizeram parte da infância do diretor. A obra era tão vanguardista do ponto de vista da ficção científica no início dos anos 70, que chegou a inspirar nada menos que a criação da saga “Star Wars”, apesar de George Lucas não ter assumido publicamente. No entanto, a semelhança é inegável (veja imagem abaixo).

“Valerian” tem uma abertura incrível ao som de Space Oddity, de David Bowie. A montagem mostra uma linha do tempo contando a evolução das viagens espaciais desde os primórdios, passando por novos povos e civilizações até chagarmos no século 28, onde os agentes especiais Valerian (Dane DeHaan) e Laureline (Cara Delevigne) mantêm a ordem pela Galáxia.

Paralelo a isso, existia um planeta paradisíaco onde os habitantes viviam em harmonia com a natureza e cultivavam pérolas com grande poder energético. Entretanto, por conta de uma espécie de batalha intergaláctica ocorrendo ali perto, uma invasão por acidente acaba penetrando na órbita do planeta e dizimando a população, restando apenas alguns sobreviventes.

Eis que o destino de Valerian acaba se unindo ao dos sobreviventes de maneira indireta, mas que irá envolve-los em uma missão muito maior futuramente. Chefiada pelo comandante Arun Filitt (Clive Owen), Valerian e Laureline participarão de uma operação para eliminar uma grande ameaça que tem se expandido na cidade Alpha, “coração” daquele universo.

 

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Engana-se quem pensa que é apenas mais um filme de super-heróis comuns. Besson não queria que fosse mais do mesmo, portanto criou um projeto bastante ambicioso, onde além de construir um universo riquíssimo em detalhes visuais, aborda várias tramas ao mesmo tempo. Mas é justamente aí onde tropeça mais. Falta coesão em algumas dessas tramas, deixando aquela amarga sensação de que a intenção foi muito boa, mas a realização não.

Um dos grandes problemas do filme é que algumas histórias secundárias se misturam com a missão principal (que deveria ser mais importante, pois envolve o bem-estar de toda a galáxia). Por exemplo, Valerian é apaixonado por Laureline, mas no início ela o rejeita pelo seu histórico sedutor e pelo seu ego inflado. Mas, como o filme tem tantas subtramas dividindo a atenção do espectador e dos personagens, não há foco suficiente na construção dessa relação entre os dois.

Sendo assim, fazer desse romance o objetivo principal do protagonista exigiria mais momentos onde ele mostra sua transformação como personagem, para que pudéssemos acreditar nele. Entretanto, essa “mudança” nunca convence, pois é expressada através de alguns resgates entre ele e Laureline, onde o foco real está mais em mostrar as excentricidades do universo, as várias criaturas e lugares exóticos para serem visitados.

Esses momentos não são eficientes em conectar emocionalmente o casal como deveria, mas acabam inchando o roteiro com sequências que facilmente poderiam ser cortadas, pois não fazem a história “avançar” e ainda contribuem para as cansativas 2h17min de duração. Claramente houve uma falha narrativa, pois não souberam como contar uma boa história sem querer mostrar tudo de uma vez, provando o poder da concisão é importante no cinema.

 

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Infelizmente, o roteiro confuso prejudica bastante a experiência, mas é claro que o filme possui muitas qualidades também. Besson sabe como dirigir as sequências de ação valorizando o que o filme tem de melhor: o visual deslumbrante. Destaque para a sequência em um grande Mercado de Rua, que se passa em várias dimensões, cheia do bom humor característico do diretor. Fico pensando em como uma única mente consegue imaginar tudo aquilo, simplesmente incrível e colorido. E que figurinos maravilhosos!

Muitos questionam os trabalhos tanto de Dane DeHaan quanto de Cara Delevigne como atores. Confesso que já vi coisas boas e muito ruins vindo de ambos, mas neste filme não chegaram necessariamente a me incomodar. Até por conta de tanta informação para prestar atenção, mesmo em alguns momentos onde especialmente Cara – e eu diria Rihanna, que tem o papel mais dramático do filme (por quê?) – não convencem. Participações especiais como Ethan Hawke e Clive Owen não se destacam, mas também não comprometem.

Agora, não pensem que por conta dos problemas de roteiro, o filme é totalmente vazio. Há alguns subtextos interessantes e que refletem nossa sociedade e até a natureza humana. Há uma crítica sobre como pessoas e governos se corrompem agindo em benefício próprio, alegando que estão fazendo em favor do progresso. Toda a diversidade de espécies da Galáxia habita na cidade Alpha, mas como manter a paz e harmonia entre os povos respeitando os direitos de todos?

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É claro que esses subtextos são mais sugeridos do que desenvolvidos, até porque já vimos esses temas debatidos antes na ficção científica de maneira muito mais eficiente, mas quem observar com atenção vai entender a mensagem de paz e respeito. Nas palavras do próprio Besson, as pérolas são elementos naturais e puros. Representam o que as pessoas deveriam ser, mas o homem está sempre destruindo a beleza do mundo de uma forma ou de outra.

Sendo o filme mais caro da história da França, custando em torno de $180 milhões de dólares, “Valerian” poderia ter sido muito melhor executado do que realmente foi, mas infelizmente, nem sua estética absolutamente maravilhosa conseguiu salvar uma história que quis abranger tudo de uma vez e acabou tornando o ritmo do filme bastante cansativo. Ainda assim, é recomendado em IMAX para quem quiser ter uma das maiores experiências visuais no ano até aqui.

 

E você, já assistiu ou está ansioso para ver? Concorda ou discorda da análise? Deixe seu comentário ou crítica (educadamente) e até a próxima!

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Veja abaixo a entrevista que o diretor Luc Besson e o protagonista Dane DeHaan deram ao Super Cinema UP:

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