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O dia 2 de abril é considerado o “Dia do Propagandista”. O dia 4 de abril é considerado o “Dia Nacional do Parkinsoniano” (como o nome sugere, dia dedicado as pessoas que sofrem do Mal de Parkinson). O que estas datas têm em comum, além da proximidade de sua comemoração? Um filme talvez…

A “tragicomédia romântica” “Amor e Outras Drogas”, de 2010 é um filme de Edward Zwick. O diretor, que costuma trabalhar com grandes nomes no elenco e produções colossais como “O Último Samurai”, de 2003 e “Diamante de Sangue”, de 2006, detém grande reputação perante a crítica, graças a sua versatilidade e habilidade em manter o interesse do espectador durante seus trabalhos.
Alguns consideram este filme uma “derrapada” na carreira de Zwick, alegando que um tema tão rico e cheio de possibilidades de discussão poderia ter sido abordado de forma mais autêntica e consciente. Mas a verdade é que “Amor e Outras Drogas” é um projeto extremamente comercial, a começar por sua dupla de protagonistas altamente populares, os adoráveis Jake Gyllenhaal e Anne Hathaway, onde o galã interpreta um sedutor de muita lábia que representa uma empresa de produtos farmacêuticos enquanto a bela é uma paciente que sofre de Parkinson e não se envolve afetivamente por conta de sua doença degenerativa.
Obviamente, o projeto tem seus altos e baixos. Se assumir como uma comédia-romântica voltada para o público adulto foi uma grata surpresa, pois é bastante comum filmes deste gênero serem voltados para todas as idades. Por outro lado, Zwick tenta algumas inserções cômicas que não funcionam efetivamente e a falta de criatividade do roteiro torna a trama e as ações dos personagens muito previsíveis, culpa de um roteiro confuso que teve a difícil tarefa de unir os dois assuntos de forma coesa e plausível, sem abrir mão do charme e da proposta do filme. Todavia, as fortes e ousadas atuações do casal principal, bem como sua química e o tom irônico do filme quanto ao ramo farmacêutico, são mais do que suficientes para indicá-lo, levando em conta que ele supera seus problemas graças a muito carisma e dedicação. “Amor e Outras Drogas” é um daqueles filmes que gostamos de assistir não para sermos surpreendidos, mas para ver uma bela história de amor, da forma que só o Cinema pode nos proporcionar.

Por Danilo Calazans.

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