SINOPSE PEQUENA

Revisado da peça de um musical da Broadway em 1987, “Caminhos da Floresta” tinha tudo para dar certo: um diretor competente e que já tem experiência quando o assunto é adaptar peças famosas (adaptou para o cinema peças como “Chicago” e “Nine”), Meryl Streep (já valeria o ingresso) que já soltou a voz em um musical e com efeitos especiais excelentes (não há como negar). Mas, o fraco roteiro com uma estória boba se transformaria num sucesso estrondoso se não fosse conduzido de modo tão indolente. Realmente de fato, é horrendo e o que aparenta é que nas mãos de Rob Marshall seria agradável. Com o forte marketing que teve, conseguiu atrair o público antes de sua estréia e deixá-lo se roendo de curiosidade.

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Não há muito que entender, já que juntam personagens conhecidos de contos de fadas numa só “fábula” narrada (sem necessidade) em um tedioso “…Era uma vez” como se o espectador não fosse capaz de juntar as peças e souber de cara que desde o início que um casal descobre que não consegue ter filhos por causa de uma maldição feita por uma bruxa impiedosa. Personagens das obras dos irmãos Grimm entram em cena quando tal bruxa exige um animal e três objetos: uma vaca branca como leite (João e o Pé de Feijão), uma capa vermelha como sangue (Chapeuzinho Vermelho), cabelos amarelos como ouro (Rapunzel) e um sapato tão puro quanto ouro (Cinderela). A missão é trazer antes da meia noite em três dias. A partir daí, começa uma corrida para a busca para que consigam realizar o sonho de serem pais. De fato, qualquer historinha de criança que é apresentada nesta produção bancada pelos estúdios Disney, é mais proveitosa e menos chata que o filme em si.

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Soltando as vozes, os atores cantam como se cantassem por cantar e por esse motivo não conseguem passar emoção alguma. As canções parecem ter o mesmo ritmo como se fosse uma única música para que cada um mostrasse um pouco do seu talento na hora de soltar o gogó. Se houve uma injustiça este ano no Oscar, foi à indicação de Meryl para melhor atriz. Esta é a 19° vez que ela é indicada. Não que ela não mereça, mas a Feiticeira (não é mencionado o nome da vilã) é simples (e não marcante), pois parece que a presença dela no elenco serve apenas para reforçar e deixar a impressão de valer à pena. Seria a falta de opção para a categoria de Melhor Atriz?Levando em consideração de seu desempenho em “Mamma Mia” é digno de uma indicação (que não acabou acontecendo).

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Outro que aparenta estar por ser um astro de peso é Johnny Depp que usa a mesma figura caricata (pretendendo ser carismática) que usou no ramake “A Fantástica Fábrica de Chocolate”. O restante dos atores não precisa ser mencionado, pois nem Streep e nem Depp conseguiram deixar menos empolgante. Perfeito para quem sofre de insônia, o que salva mesmo são os efeitos visuais que são excelentes.

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Se o lado positivo são os efeitos, há outra coisa proveitosa que é o figurino. A arrastada saga do padeiro e sua esposa é pouco emotiva, não convincente e muito menos tem o ritmo de aventura digna de se comparar a “Malévola” ou qualquer outro filme. Além disso, é ingênuo e tem o estilo comportado demais o tornando chato e sem se quer fazer a platéia se empolgar. O que o espectador vê mesmo, é uma mistura mal temperada de aventura e música com um argumento infantil demais para impressionar. Sem surpresa, decepciona por dar mais ênfase a uma trama apesar de vinda de um texto teatral de sucesso. É profissionalmente bem-cuidada, mas não tem aquele tom audacioso que é camuflada pela perfeição da tecnologia.

Trailer do filme:

 

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