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O Porta dos Fundos nasceu pra revolucionar o entretenimento disponibilizado na internet, que não foi mais a mesma depois da criação do grupo. Temas diversos foram abordados por seus esquetes nesses quatro anos de existência, alguns polêmicos, outros não, mas sempre engraçados e bem roteirizados. Seus vídeos, inicialmente disponibilizados apenas na internet, apresentam diversos tons humorísticos – e esse é o ponto mais forte do Porta dos Fundos, afinal o grupo trouxe mais inteligência ao humor brasileiro.

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Quando anunciado o longa metragem produzido pelo grupo, intitulado ‘Contrato Vitalício’, o público gostou e a expectativa dos espectadores e da crítica se tornou grande. Afinal, se os esquetes são tão bons, tanto em relação ao roteiro quanto à estética do diretor Ian SBF, um longa seria melhor ainda. Pois é, seria.

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‘Contrato Vitalício’ conta a história de dois amigos: o diretor Miguel, interpretado por Gregorio Duvivier, e o ator Rodrigo, vivido por Fabio Porchat. Ambos são premiados no aclamado Festival de Cannes e, depois de muitos drinques na comemoração, acabam assinando um contrato vitalício, que dizia que Rodrigo seria protagonista de todos os filmes dirigidos por Miguel. Porém, naquela mesma noite, Miguel desaparece misteriosamente no banheiro do quarto do hotel, sem deixar vestígios.

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Dez anos se passam e Rodrigo volta à Cannes como jurado, e assim que entra no mesmo quarto onde havia se hospedado uma década atrás, encontra com Miguel, que diz ter sido abduzido por alienígenas e levado ao centro da Terra, onde presenciou uma rebelião de escravos. Miguel decide, então, contar a história que diz ter vivido em um filme. Mas o contrato vitalício assinado há dez anos atrás obriga o já famoso Rodrigo a participar dessa enrascada, mesmo desconfiando da sanidade do amigo e sabendo que isso pode arruinar sua carreira.

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Apesar de ‘Contrato Vitalício’ conservar a estética dos esquetes, o que é primordial para a relação do longa com o grupo, o roteiro do filme é ruim demais, pois não há objetivo nenhum nele. É o tipo de produção na qual o espectador pára e se pergunta: “Onde isso quer chegar?”. A história não é de todo mal: se ela fosse abordada de outra forma, poderíamos nos deparar com um ótimo filme de comédia. Mas ‘Contrato Vitalício’ passa longe de receber essa qualificação.

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Já foi provado que o grupo sabe produzir, sendo referência para produções do mundo todo, não só no quesito direção, mas principalmente quando falamos de roteiro. Afinal, o que mais chama a atenção nos esquetes do Porta dos Fundos é justamente o roteiro bem feito, de maneira que tudo pareça natural. É claro que os atores que colocam em prática esses roteiros são tão bons quanto eles, o que permite que eles funcionem tão bem. Uma grande parte dos roteiros que deram origem a famosos esquetes, que caíram no gosto do público, foram feitos por Porchat, que assina o roteiro de ‘Contrato Vitalício’ junto com Gabriel Esteves. Se o longa só foi uma extensão do que eles já sabem fazer tão bem, fica aqui a pergunta: o que aconteceu para o resultado final ser um filme tão mediano?

Confira abaixo a entrevista que fizemos com o grupo sobre o longa metragem:

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