“O Estado das Coisas” é uma das gratas surpresas do ano

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Como você se sente sobre a sua vida nesse momento? Alguma vez já sentiu que falhou e não está nem perto de ser aquela pessoa que queria anos atrás e com o passar do tempo isso só parece piorar? Já se sentiu deprimido vendo amigos naquelas viagens incríveis pelo Instagram? Parece que cada olhar ao redor do mundo te faz pensar sobre tudo o que sua vida foi e o que ela será daqui para a frente? Se você se identificou com alguma dessas questões, eu tenho o filme ideal para te recomendar.

Estreia essa semana “O Estado das Coisas”, um drama com toques de comédia estrelado pelo astro Ben Stiller e escrito e dirigido por Mike White, roteirista do cativante “Escola de Rock”. No filme, Brad (Stiller) é um homem beirando os 50 anos que passa as noites refletindo sobre sua vida. Ele vive com sua esposa Melanie (Jenna Fischer) e seu filho Troy (Austin Abrams), que está próximo de entrar para a vida universitária. Prestes a encarar essa nova etapa, surge uma crise existencial quando ele começa a comparar sua vida com a de amigos da faculdade, que se tornaram muito mais bem-sucedidos.

Vários motivos me fizeram gostar do longa. Primeiramente, ele passa sinceridade. Não é apenas um amontoado de caricaturas e clichês de outros filmes sobre crise de meia idade como vemos por aí. Através da melancólica interpretação de Ben Stiller conseguimos compreender como nossas escolhas acabam definindo quem somos, mesmo que não nos demos conta no momento da decisão. Será que é mais gratificante ganhar muito dinheiro e poder ajudar a quem precisa ou dedicar toda a sua carreira em um negócio que serve para pedir para os outros doarem o dinheiro deles?

É interessante como o filme provoca tais reflexões. Em vários momentos parece que se comunica diretamente com o espectador, as vezes nos manipulando de maneira inteligente, criando expectativas, nos decepcionando… Exatamente como a vida.  Dessa forma, o longa passeia por vários assuntos cotidianos. Através da relação com a família e amigos, parece que sabemos exatamente o que se passa dentro da cabeça de Brad. Temos a legítima impressão de que estamos lendo sua mente e sentimentos.

Entretanto, “O Estado das Coisas” não é apenas um filme sobre arrependimentos do passado. Há uma bela e importante mensagem sobre idealismo e a beleza que existe em querer tornar o mundo melhor. Muitas vezes não enxergamos e somos ingratos com tudo o que temos na vida. Não nos damos conta que, quando olhamos de perto, todos têm problemas. Estamos todos lutando, tão preocupados com nós mesmos que somos incapazes de entender o que se passa no resto do universo. Saúde, ideais, família, vida, tudo isso também importa.

 

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Contando com mais uma prova do amadurecimento de Ben Stiller como ator (revivendo papéis mais dramáticos como em “Os Excêntricos Tenenbaums” e “Walter Mitty”), o filme ainda serve como uma própria metáfora para a sua carreira, que para muitos estava estagnada, à margem de sucessos do passado. Mas a ótima química com o restante do elenco e especialmente sua relação convincente de pai e filho com Austin Abrams, provam a versatilidade e qualidade do ator em encarar desafios mais dramáticos.

Concluindo, “O Estado das Coisas” é uma grata surpresa deste ano. Um homem desacreditado redescobrindo o sentido da vida, que despertou em mim um sentimento muito próximo do que senti quando assisti “Beleza Americana” pela primeira vez. Um filme que propõe reflexão e conquista pela sinceridade e afeto como aborda seus temas. Excelente primeira impressão deixada pelo diretor Mike White com essa pequena joia do cinema independente.

E você, já assistiu ou está ansioso para ver? Concorda ou discorda da análise? Deixe seu comentário ou crítica (educadamente) e até a próxima!

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