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Desenvolvida pelo mesmo idealizador de ‘The Walking Dead’, Robert Kirkman, o qual também criou a história em quadrinhos, a série ‘Outcast’ chega ao final de sua primeira temporada ganhando a admiração do público fã do gênero terror, apesar de muito questionada em torno da sua trama.

O enredo diz respeito a exorcismos que, por alguma razão não deram certo, fazendo com que as entidades demoníacas ainda permanecessem dentro das pessoas, moradoras de uma região interiorana do estado da Carolina do Sul.

O reverendo Anderson (Philip Glenister) é um religioso que, mesmo questionando sua própria fé, tenta ajudar as pessoas que são possuídas por supostos demônios. Kyle Barnes (Patrik Fugit, da premiado ‘Quase Famosos’) é o tipo de morador marginalizado pela sociedade que tornou-se conhecido devido ao episódio que resultou em uma agressão física contra sua esposa. Na verdade Barnes possui um passado aterrorizante, uma vez que tanto sua mãe, quanto sua esposa foram vítimas de possessão e, de alguma forma, foram salvas por um estranho poder que Kyle apresentou para repelir os demônios, mesmo causando sequelas graves a sua mãe.

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Crédito: Divulgação

O primeiro episódio, mais precisamente seu trailer, foi a porta de entrada para um sucesso inesperado, ainda mais sendo apresentado em um evento de Comic Con nos Estados Unidos, onde se reuniam muitos fãs dos quadrinhos. Para quem não acompanha os quadrinhos, a série era tida como uma sátira a outros filmes do gênero, principalmente o clássico ‘O Exorcista’. Contudo, ao estrear, se pôde constatar que se tratava de uma produção completamente diferente. Obviamente, o primeiro episódio que tratava da possessão de um menino, foi repleto de suspense e aspectos aterrorizantes com direito, até mesmo, a efeitos aceitáveis que ganharam a atenção e o interesse do público em relação aos futuros episódios. No decorrer da trama, pode-se constatar a real parceria nada comum entre o reverendo Anderson, que tenta a todo custo, descobrir o que está acontecendo com as vítimas de possessão, e Kyle Barnes, que tenta entender o que de fato aconteceu para que as entidades demoníacas se sentissem ameaçadas por ele e seu estranho poder, bem como tenta consertar sua vida para ter a sua família de volta.

As maiores surpresas da série são, de fato, a apresentação dos maiores vilões da trama, mas com uma aparência nada ameaçadora. Em outras palavras, as entidades demoníacas se comunicam através de seus hospedeiros, pessoas comuns que levam uma vida aparentemente normal, mesmo estando possuídas. Tudo isso, obviamente, para não gerar suspeitas. O que se torna curioso é que, misteriosamente, os demônios não têm poder para afetar toda uma sociedade, senão estando dentro do corpo dos seres humanos. Daí se vê a necessidade de se espalharem, se apoderando do máximo número possível de hospedeiros. O trabalho do reverendo Anderson e Kyle Barnes é evitar que isso aconteça, tentando expulsar o mal com todos os seus recursos.

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Crédito: Divulgação

Diante de toda uma batalha do bem contra o mal, surge um suposto líder maléfico chamado Sidney (Brent Spiner) que tenta reagrupar os hospedeiros possuídos. Levanta-se daí um estranho questionamento, ou seja, o fato dos demônios precisarem de Kyle Barnes, mesmo diante do poder que ele tem para repeli-los, considerando também o fato de que as pessoas de sua família, mesmo distantes dele, são o alvo principal dos demônios para se aproximar dele. O desafio de Kyle agora é lutar contra o tempo, não apenas tentando descobrir a origem do seu poder, mas também para proteger sua família, inclusive sua irmã Megan (Wrenn Schmidt) das forças do mal.

A série é muito bem produzida e lida com uma união de fatores interessantes que contribuem para o seu melhoramento, como por exemplo, a trilha sonora feita pelo ganhador do Oscar Atticus Ross. O público fã do gênero terror tem aprovado a série, mesmo que ela fuja do tradicionalismo. Interessante dizer que, diante de tantas produções cinematográficas espalhafatosas, mesmo as de primeira linha, se pode usufruir de outros materiais que contribuem para o bom entretenimento do público, mesmo que transmitidas pela televisão.

O bom da série foi ver que o último episódio levantou uma dúvida em torno do destino do personagem Kyle Barnes e sua família, o que só deve ser respondido na segunda temporada. Todo esse alvoroço e inquietação do público vem sendo sentido muitas vezes a cada fim de temporada da série, também desenvolvida por Robert Kirman, ‘The Walking Dead’.




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