Há quem diga que Hollywood só tem olhos para Hollywood e que prefere preservar seus princípios e virtudes no que diz respeito a seus filmes, mas esperem um pouco! O que de fato é toda essa exaltação da própria Hollywood quando o assunto é o Cinema Francês?! Que paixão incontrolável é essa que a crítica norte americana acaba despertando quando assiste ao mais incomum filme produzido nos moldes alá “Belle de Jour”?

Créditos: “Monsieur Vincent” (Divulgação)

Créditos: “O Pequeno Nicolau” (Divulgação)

A explicação para tudo isso pode se ver na história do cinema, mais precisamente, na história das premiações hollywoodianas como a dos prêmios da Academia, o Oscar. Desde filmes como “Monsieur Vincent” de Maurice Cloche, passando por “A Noite Americana” de François Truffaut chegando a filmes mais atuais de diretores como Luc Besson e Jean Pierre Jeunet, o cinema francês é sempre um objeto surpresa cheio de ícones e aspectos impressionantes, seja em filmes sérios e misteriosos como “As Diabólicas” de 1955, seja em filmes cômicos como o simpático “O Pequeno Nicolau”.

Créditos: “A Noite Americana”(Divulgação)

Créditos: “As Diabólicas” (Divulgação)

O cinema francês é de fato uma fonte de grande inspiração para Hollywood, desde suas histórias até seus atores que muitas vezes são aproveitados em filmes de produção norte americana. É o caso de Marion Cotillard, Jean Dujardin, Léa Sedoux, Juliette Binoche, Gérard Dupardieu, Vincent Cassel, Audrey Tautou e muitos outros.

Créditos: “O Fabuloso Destino de Amélie Poulain” (Divulgação)

Créditos: “O Artista” (Divulgação)

No que diz respeito aos filmes, o histórico de premiações como a do Oscar, deixa clara a admiração e respeito pelo estilo francês de se fazer cinema, uma vez que a França possui um recorde de indicações e, embora não ganhe desde 1993, com o filme “Indochina”, o país já ganhou 12 Oscars na categoria de Melhor Filme Estrangeiro, sendo superado apenas pela Itália que ganhou 14, mas mesmo assim, a França teve o privilégio de ter vários filmes indicados em categorias diversas, sem falar nos atores que receberam Oscars de atuação mesmo em filmes não franceses como exemplo, Jean Dujardin que venceu como Melhor Ator por “O Artista” e Juliette Binoche que ganhou como Melhor Atriz Coadjuvante por “O Paciente Inglês”. Marion Cotillard foi a única atriz francesa a ganhar um Oscar por uma produção de fato francesa que foi “Piaf – Um Hino ao Amor”. Este fato quase se repetiu neste ano quando Isabelle Ruppert foi indicada para Melhor Atriz pelo filme “Elle”.

Créditos: “Indochina” (Divulgação)

Créditos: “Piaf – Um Hino ao Amor” (Divulgação)

Ainda falando de Oscar, nas categorias de animação, temos vários exemplos de produções incríveis que deixaram sua marca mesmo sem vitória. É o caso de “As Bicicletas de Belleville”, “Um Gato em Paris”, “Ernest e Celestine” e o mais recente “Minha Vida de Abobrinha”.

Créditos: “Minha Vida de Abobrinha” (Divulgação)

Varias produções hollywoodianas conseguiram adaptar obras da literatura francesa como “Madame Bovary”, “O Pequeno Príncipe”, “O Conde de Monte Cristo”, “Guerra e Paz”, e “A Bela e a Fera”.

Créditos: “A Bela e a Fera” (Divulgação)

Toda a admiração de Hollywood pelos franceses é também sentida em inúmeras produções ao longo dos anos, seja citando um gesto simples da cultura francesa, como fumar um cigarro, mostrado pela personagem Frenchy (Didi Conn) em “Grease – Nos Tempos da Brilhantina”, ou como a forma de se expressar, inclusive quanto ao xingamento manifestado pelo personagem The Merovingian (Lambert Wilson) em “Matrix Reloaded”, ou simplesmente mostrando que a França é o melhor destino para as férias de natal em “Esqueceram de Mim”.

Créditos: “Matrix Reloaded” Divulgação)

A paixão dos norte americanos pelo cinema francês é compartilhada pelos fãs brasileiros que tem como referência muitos filmes que falam sobre amor, sobre a vida, amizade, dentre outras coisas. Filmes como “Intocáveis”, “O Fabuloso Destino de Amélie Poulain”, “Azul É a Cor Mais Quente” e “A Voz do Coração” são exemplos que ganharam o gosto do público.

Créditos: “Intocáveis” (Divulgação)

Não importa a forma que é produzido ou dirigido, qualquer filme francês é realizado da forma mais delicada e elegante. Todo este processo contribui para um excelente e significante trabalho. Só resta dizer que Hollywood, assim como os fãs brasileiros, confia na técnica dos grandes artistas franceses do mundo cinematográfico, de modo que se espera sempre grandes espetáculos ao assistir uma nova produção, por mais simples e delicada que possa ser.

Créditos: “Azul É a Cor Mais Quente” (Divulgação)

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