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O filme de Polanski pode se fazer estranho para quem está acostumado a ver produções mais recentes, pois “O Bebê de Rosemary” não é abarrotado de pequenos apogeus (clímax) e sem gritos aqui e acolá, o enredo leva um ritmo cadente e todo ele é voltado ao suspense paranóico que se estende até o último minuto.

A tensão já tem início nas primeiras cenas, Roman Polanski cria a atmosfera perfeita, totalmente arrepiante, mostrando o lado obscuro de Manhattan. No longa todos parecem estar envolvidos, todos lutando por um objetivo em comum, em certos momentos fica confuso e parece uma simples invencionice de Rosemary (Mia Farrow).
A cena do ritual satânico é uma das mais assustadoras da trama na qual supostamente Rosemary tem relação sexual com o próprio demônio depois de ficar bêbada — devido ao pacto que seu marido (interpretado por John Cassavetes) fez — a partir daí o inferno vem à tona e a desconfiança fica a espreita nos becos da cidade. O tom é formalizado pela sinistra música de Christopher Komeda.
É um ótimo filme de terror/suspense, mas é necessário saber assisti-lo. Não espere encontrar o mesmo estilo que teria ao ver James Wan.

Por Anderson Fernandes.

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