Colaboraram: Débora Costa e  Anderson Costa

A maior catástrofe provocada pelo homem durante toda a história. É assim como muitos definem a Segunda Guerra Mundial, o obscuro período de conflitos e massacres que ocorreu entre 1939 e 1945, liderado pelo ditador da Alemanha Adolf Hitler, o nome por trás de toda a maldade do Nazismo.

Foram milhões de judeus mortos em câmaras de gás e em campos de concentração, uma perseguição implacável contra negros e ciganos, experimentos mórbidos e cruéis de frios médicos nazistas e uma quantidade absurda de famílias e indivíduos cujas vidas foram completamente destruídas. Em 2015, o mundo relembrou os 70 anos do fim dessa época tão terrível para a história da humanidade. A mensagem passada por todos os envolvidos é a de que isso nunca mais pode se repetir, sob hipótese alguma.

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Em 6 de junho de 1944, o mundo ficou marcado por mais um dos episódios impactantes da Segunda Guerra Mundial: tratava-se do Dia D, o dia decisivo, quando aliados ocidentais desembarcaram na costa francesa dando início ao encerramento da atrocidade, que culminou na derrota dos alemães e no suicídio de Hitler. A data em questão ficou conhecida como a maior operação militar aeronaval da história. Além da ofensiva do lado ocidental, a URSS teve um papel fundamental no combate às tropas nazistas. Ao todo, foram 155 mil homens, 14.200 barcos, 600 navios e milhares de aviões. Onze meses mais tarde, pressionado pelos exércitos de países como Estados Unidos, Grã-Bretanha e Canadá, o III Reich entrava em completo colapso.

Para relembrar esses dados históricos que até hoje mexem tanto com o imaginário popular, e com a criatividade de roteiristas, atores, diretores e todos os demais envolvidos com a Sétima Arte, separamos uma lista de filmes indispensáveis para conhecer a dimensão que essa guerra teve. Nosso foco não é a violência em demasia, e sim a emoção dos personagens. Prepare o lencinho com os mais belos, emocionantes – e tristes – filmes sobre a pior guerra que nosso planeta já viu.

A Lista de Schindler (1993)

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O nome de Oskar Schindler é, sem sombra de dúvidas, um dos mais impactantes quando se trata da luta contra a morte massiva de judeus perseguidos pelos soldados de Hitler. Inicialmente infiltrado no regime nazista, Schindler foi responsável por empregar mais de mil judeus em sua fábrica, que acabaram tendo sua vida poupada. Para conseguir o feito, o empresário gastou toda a sua fortuna e não mediu esforços para subornar os nazistas. As cenas não são das mais fáceis de assistir: são séries de tristes assassinatos, choros sentidos por parte de seus personagens e uma luta que chega a desesperar. Liam Neeson, em seu mais belo papel no cinema, convence com perfeição, sobretudo quando lamenta a quantidade de vidas que não conseguiu salvar. O resultado da produção em preto e branco, dirigida por Steven Spielberg, foi mais do que justo: sete Oscars levados para casa.

A Vida É Bela (1999)

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“Buongiorno, principessa!”. Pra quem viu o filme, essa clássica frase já é o suficiente pra fazer chorar. Também não é pra menos: o grande vencedor do Oscar de Melhor Filme Estrangeiro, de Melhor Trilha Original e de Melhor Ator, para o protagonista e diretor Roberto Benigni, mostra os sacrifícios de um judeu italiano: primeiro, para conquistar uma professora já prometida em casamento, segundo para construir uma família e manter um negócio em meio a um país já invadido pelo nazismo, e terceiro para manter o filho vivo e entretido dentro de um campo de concentração, mentindo para ele a fim de poupá-lo do medo, fazendo com que o pequeno acredite que está em uma espécie de gincana para ganhar um tanque. Humor inteligente, roteiro criativo e, claro, muitas lágrimas!

O Pianista (2002)

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Quando ficou encarregado de dirigir ‘A Lista de Schindler’, Steven Spielberg ficou receoso de não conseguir o feito e tentou repassar o projeto para Roman Polanski. Em 2002, no entanto, o diretor francês, de ascendência judia e polaca, resolveu lançar sua própria versão sobre a visão que tinha sobre a Segunda Guerra Mundial. Polanski, aliás, não teve uma vida nada fácil: sua mãe morreu nos campos de Auschwitz, junto com outros de seus familiares, e passou parte da sua infância nos guetos devastados da Cracóvia. O filme estrelado pelo excelente Adrien Brody mostra um famoso pianista judeu que trabalha em uma rádio da Varsóvia, que acaba bombardeada pelos nazistas. Com sua família capturada, Wladyslaw Szpilman é obrigado a se refugiar em prédios abandonados da cidade até que a guerra acabe e ele seja poupado se ir para um campo de concentração.

O Menino do Pijama Listrado (2008)

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Baseado no best-seller homônimo do escritor John Boyne, o filme relata a história de uma amizade incomum e totalmente proibida na época do Holocausto: a do jovem alemão Bruno com a do pequenino judeu Schmuel. Sem saber os desdobramentos da guerra e nem o porquê das vestes de seu amigo e das pessoas que o cercavam, Bruno aproxima-se da cerca de arame farpado para brincar com a única boa companhia de sua rotina monótona no interior da Alemanha. A relação, é claro, torna-se perigosa e mexe com os nervos do espectador. Dirigido por Mark Herman e com os ótimos David Thewlis e Vera Farmiga no elenco, o filme faz jus à obra original e apresenta um final inesperado e arrebatador.

Túmulo dos Vaga-Lumes (1988)

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Dirigido por Isao Takahata, essa belíssima animação japonesa é capaz de derramar qualquer adulto em lágrimas. Também não é pra menos: o filme conta a história da jornada de dois irmãos em meio às catástrofes da Segunda Guerra. Depois de perderem a mãe em um bombardeio e da convocação do pai para os campos de batalha, os dois acabam indo para um abrigo no meio de um bosque. Enquanto lutam contra a fome e doenças, os dois se divertem com as belas luzes emitidas pelos vaga-lumes dentro da floresta.

A Menina Que Roubava Livros (2013)

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Baseado no romance do escritor australiano Marcus Zusak, cuja narrativa fez sucesso entre o público por mostrar a perspectiva da guerra diante dos olhos da própria morte, o longa narra a história da jovem Liesel e de seu hábito de pegar livros acumulados para serem queimados pelos nazistas. Sua família adotiva passa a abrigar um clandestino judeu nos porões de casa enquanto as bombas correm soltas pelas ruas do país. A parte mais emocionante, no entanto, é amizade linda da protagonista com o pequeno Rudy.

Vá e Veja (1985)

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Ambientado na Bielorrússia de 1943, esse filme soviético exige estômago forte graças a suas cenas impressionantes de violência e tristeza, com tomadas que deixam até o mais frio dos espectadores desesperado. No longa do diretor Elem Klimov, o jovem camponês Florya precisa enfrentar um cenário devastador de massacres e destruição em seu vilarejo, completamente tomado pelos nazistas. Ao vagar sem rumo, o protagonista se depara com cenas cada vez mais desesperadoras, cujo foco é mostrar o impacto das emoções de um ser humano diante do ápice da crueldade de sua própria espécie.

Casablanca (1942) 

FILE – NOVEMBER 23, 2012: The American romantic movie drama Casablanca celebrated its world premiere on November 26, 1942. Starring Humphrey Bogart and Ingrid Bergman the film was a solid success in its initial run, winning three Academy Awards, and its characters, dialogue, and music have become iconic. It now consistently ranks near the top of lists of the greatest films of all time. Please refer to the following profile on Getty Images Archival for further imagery: http://www.gettyimages.co.uk/Search/Search.aspx?EventId=113854183&EditorialProduct=Archival&esource=maplinARC_uki_12nov Humphrey Bogart (1899 - 1957) and Ingrid Bergman (1915 - 1982) star in the Warner Brothers film 'Casablanca', 1942. (Photo by Popperfoto/Getty Images)

“You must remember this: a kiss is still a kiss, a sigh is just a sigh”. Só essa frase de ‘As Time Goes By’, na voz maravilhosa de Billie Holiday, já é o suficiente pra emocionar qualquer um diante dos desdobramentos desse belo filme de Michael Curtiz. Estrelado por Humphrey Bogart e Ingrid Bergman, o longa mostra a história de um americano refugiado na cidade marroquina, que ajuda seus conterrâneos a retornar ao seu país natal. Tudo muda quando ele reencontra Ilsa, seu grande amor do passado e com quem ele move céus e terras para fugir e viver uma nova vida. O resultado foi mais do que merecido: o filme venceu três Oscars, nas categorias Melhor Filme, Melhor Diretor e Melhor Roteiro Adaptado.

O Grande Ditador (1940)

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O nome Charles Chaplin fala por si só. O gênio do cinema foi também a mente por trás da direção, roteiro, produção e narração desse filme, além protagonizá-lo e assinar sua trilha-sonora. A história apresenta um contraponto entre dois personagens: Adenoid Hynkel, uma sátira de Hitler, ditador de Tomainia; e um barbeiro judeu com amnésia depois de sua participação na Primeira Guerra Mundial. Seria uma perfeita comédia dramática não fosse por um fato: o discurso arrebatador de Chaplin sobre os direitos humanos no final do filme, capaz de arrancar lágrimas e arrepios de qualquer ser humano. Assista aqui.

Olga (2004)

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Baseado na excelente biografia escrita pelo jornalista Fernando Morais, esse filme dirigido por Jayme Monjardim mostra a história da judia Olga Benário e os desdobramentos de sua histórica trágica entre o Brasil e a Alemanha. Ao chegar em terras tupiniquins, a jovem comunista se envolveu com o líder Luiz Carlos Prestes, perseguido pelo governo brasileiro, com quem teve uma filha. Entregue a Hitler pelo governo de Getúlio Vargas, Olga é presa no Campo de Concentração de Ravensbrück, onde é morta na câmara de gás. Apesar do sucesso no Brasil, o filme obteve uma má reputação junto à imprensa alemã. Ainda assim, vale a pena ver a luta dessa mulher forte pelos seus ideias, indo até o fim para ficar com a filha Anita Leocádia. Camila Morgado está impecável no papel principal.

O Filho de Saul (2015)

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Vencedor do Oscar de Melhor Filme Estrangeiro de 2016, esse longa metragem húngaro surpreende com uma nova abordagem sobre o Holocausto e os terrores do campo de concentração mais famoso daquela época, Auschwitz. Sob a direção impecável de László Nemes, o filme mostra a história do judeu Saul, obrigado a trabalhar para os nazistas, limpando as câmaras de gás. O impacto acontece quando ele avista o corpo de seu próprio filho e inicia uma luta para livrá-lo das chamas e dar a ele um enterro digno.

Hiroshima, Meu Amor (1959)

Ao assistir ao filme, o renomado cineasta francês François Truffaut declarou: “Uma vez que você o viu, torna-se impossível fazer filmes da mesma maneira que você costumava fazer”. A declaração não é para menos: esse longa, que transita entre a França e o Japão, mostra os impactos psicológicos da perda, os impactos de uma memória traumática e o comportamento humano diante de uma vida repleta de traumas. Na história, uma atriz francesa precisa lidar com dois amores impossíveis. O primeiro, por um alemão morto durante a Segunda Guerra, que resultou em uma prisão planejada por sua própria família em uma adega fria e escura. O segundo, com um arquiteto japonês casado. Um filme de beleza inigualável!





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