Ganha ou não Ganha?: ‘Ponte dos Espiões’

A parceria Steven Spielberg e Tom Hanks sempre gerou filmes excelentes como “O Terminal”, “O Resgate do Soldado Ryan”, “Prenda-me Se for Capaz” e agora “A Ponte dos Espiões”. Só que esta parceria conseguiu ser ainda melhor que já Joel e Ethan Coen se encarregaram do roteiro junto com Matt Charman. O que esperar de um filme repleto de gênios? Um filme genial, claro!

A história se passa na Guerra Fria, e o filme é bem ambientado. Você percebe que os personagens estão aflitos com a possibilidade de uma guerra nuclear. Spielberg já provou que consegue dirigir um grande número de pessoas. Então, não querendo desmerecê-lo, isso é o mínimo que podemos esperar de um diretor do nível dele. Essa tensão sentida pelos personagens do filme é essencial para o enredo.

Como eu já disse, feitos desse tipo é o que podemos esperar de um grande diretor. No que se diz respeito a direção, “A Ponte dos Espiões” não surpreende, mas também não decepciona. Digamos que todos já esperavam aquilo do diretor. Mas este filme se destaca e muito em outros quesitos, como a fotografia. E quem ficou a cargo dela? O velho conhecido do Spielberg, o polonês Janusz Kaminski. Vencedor do Oscar por “A Lista de Schindler” e “O Resgate do Soldado Ryan”.

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A fotografia destaca muito bem o cenário e consegue passar ao espectador a tensão da guerra. Ela não é pretensiosa. Não tenta ser apenas uma fotografia bonita. Os planos mais fechados em situações de tensão e os planos abertos que colocam alemães e americanos na posição de rivais. Tudo bem elaborado. Mas por alguma razão, a Academia não indicou este filme nesta categoria. Justamente talvez por saber que Kaminski pode ser melhor do que isso.

E o roteiro? Ah, o roteiro… Os Irmãos Coen realmente tem um talento inquestionável. Não podemos deixar de lado o Matt Charman, claro. Os diálogos são bem interessantes, o que faz o espectador se manter focado no filme, já que o longa não possui tanta ação. Na verdade não possui nenhuma. Exceto por algumas cenas de tiroteios. Mas o filme não é de ação, então não há problema nenhum. E o personagem principal é construído de uma maneira impecável.

Algo que e deixou muito impressionado no filme foi a direção de arte. Ela é tão boa que dá a impressão que a equipe técnica voltou no tempo, pediu uma licencinha aos nazistas e começaram as gravações. Não é à toa que está concorrendo na categoria de Melhor Direção de Arte. Não posso esquecer dos figurinos. Não há dúvidas de que o Adam Stockhausen, diretor de arte do filme, fez uma boa pesquisa para escolhê-los. Todos ficaram excelentes!

Mas e então, ganha ou não ganha? “A Ponte dos Espiões” é um bom filme, mas como um todo ele não é o suficiente para vencer o Oscar. Até poderia vencer, mas os concorrentes são poderosos, e dessa vez Spielberg não levará a estatueta para a casa. Para quem não sabe, ele é um dos produtores do filme. Contudo, o filme tem tudo para ganhar o Oscar de Melhor Roteiro Original. E para saber, nos resta aguardar.

Falta pouco para o Oscar! Continue ligado na página do Pipoca de Pimenta!

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